Fidelino de Sousa Figueiredo, patrono da cátedra na Universidade do Estado da Bahia, nasceu no ano de 1889, em Lisboa, mesma cidade onde estudou e se formou no curso de ciências histórico-geográficas da Faculdade de Letras. Foi um intelectual que construiu carreira e obra como político, professor, hispanista, historiador e crítico literário destacando-se como contista, romancista e educador.
Foi pioneiro dos estudos comparados das literaturas de Portugal e Espanha. Atuando como político, em 1917 a 1919, chefiou o Gabinete do Ministério da Instrução Pública e dirigiu a Biblioteca Nacional de Lisboa. Exilado na Espanha, em 1927, foi contratado como professor de literatura portuguesa e espanhola pela Universidade Central de Madri e redator do Jornal El Debate. Como filosofo e educador atuou em países distintos, tais quais Estados Unidos, na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e Brasil aonde ministrou um curso de literatura luso-brasileira.
No ano de 1938 desenvolveu o seu magistério na Universidade de São Paulo e na Universidade Federal do Rio de Janeiro, como titular de uma Cátedra de estudos portugueses. Ingressou na Academia Brasileira de Letras, em 1942, permaneceu no Brasil por mais de uma década deixando profunda marca intelectual, sobretudo na USP aonde dirigiu a cadeira de literatura portuguesa da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Nos anos 50, acometido de uma severa doença, que se manifestou de forma progressiva, regressou a Lisboa e, vencido pela doença (escoliose amiotrófica lateral), falecendo em março de 1967.
A biblioteca de documentos e autógrafos do Fidelino de Figueiredo está na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e sua correspondência passiva, no Centro de Estudos Portugueses na Universidade de São Paulo, no Brasil. O pensamento e, a obra do Fidelino de Figueiredo perpassa por diversos domínios, seja no campo da ficção, autobiografia, história, crítica literária, ensaísmo político, histórico e filosófico.